quarta-feira, 27 de abril de 2011

RESTAURANDO A PATERNIDADE.


 Mateus 6:6-9  Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes. Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;

Na Bíblia, Deus é freqüentemente chamado de Pai. Ele é pai de Jesus Cristo de uma forma muito pessoal e única. Porém, Jesus ensinou-nos a chamar Deus de nosso pai.

Deus é nosso Pai tanto no sentido natural quanto no sentido espiritual. Todos os seres humanos são filhos de Deus, pois Ele nos criou à sua imagem (Gênesis 1:27). 27  E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
Porém, os cristãos são filhos de Deus num outro sentido, porque escolhemos fazer parte da sua família ao aceitarmos a salvação que Ele nos ofereceu em Jesus Cristo.

(Hebreus 2:11-17. 11  Porque, assim o que santifica, como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos,12 Dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, Cantar-te-ei louvores no meio da congregação. 13 E outra vez: Porei nele a minha confiança. E outra vez: Eis-me aqui a mim, e aos filhos que Deus me deu. 14 E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; 15 E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão. 16 Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão. 17 Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo.

Como nosso pai, Deus não só nos criou, mas também nos ama, continua a prover a nossa subsistência e perdoa os nossos pecados e exige que sejamos como e Ele. (Mateus 5:48). 48  Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.

 Deus também nos disciplina (Hebreus 12:5-11). 5  E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do SENHOR, E não desmaies quando por ele fores repreendido; Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? 10  Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. 11  E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.

2. A figura de Deus como nosso pai dá uma idéia de como a nossa paternidade humana deve ser.

Pense no homem (ou homens) que desempenhou o papel de pai na sua vida.
Pense sobre o que aprendeu com o seu pai.
Reflita sobre as boas qualidades que admira nele.
O que isto lhe diz sobre a atitude de Deus para com seus filhos? Algumas pessoas nunca conheceram seu pai biológico ou tiveram uma experiência negativa com o pai. Às vezes, isto torna difícil aceitar a idéia de Deus como pai. Se você estiver nesta situação, pense sobre outros homens (padrastos, irmãos mais velhos, amigos da família, avós, líderes juvenis e pastores da igreja) que tenham tido uma influência constante, positiva e de apoio na sua vida.
Quais são as qualidades paternas evidentes em Deus?

Você crê que somente um Pai biológico pode exercer a verdadeira posição de pai?

Lembre-se de que Deus também é descrito na Bíblia como uma mãe Mateus 23:37  Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!

 Estas questões também devem ser consideradas para o papel da mãe e aplicam-se a qualquer pessoa que cuide de uma criança.
 
3. Qual o desejo de Deus pra nós?

O que mais palpita no coração de Deus? Qual seu grande plano para o seu povo? Ele deseja que sejamos a sua “família”. A família é idéia de Deus porque ele a ordenou e a projetou: “E lhes serei Pai, e vocês serão meus filhos e minhas filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso” (2 Co 6.18). Deus é o Pai de uma grande família que inclui todos aqueles que consideram Jesus Cristo o seu Senhor.

A oração afetuosa do apóstolo Paulo pelos amados em Efésios expressa isso assim: “Por esta causa me ponho de joelhos diante do Pai, do qual recebe o nome toda a família tanto nos céus como na terra” (Ef 3.14,15). Deus é o Pai de quem deriva toda a paternidade, seu significado e inspiração. Precisamos entender a sua paternidade – seu amor, seu perdão e sua aceitação – se queremos entender relacionamentos familiares saudáveis na igreja e nas casas.

Infelizmente, a geração de hoje tem deturpado a idéia de paternidade porque os pais muitas vezes têm abusado da sua autoridade ou têm estado ausentes, causando uma lacuna de confiança e segurança, tanto na igreja como nas casas. Com todos estes modelos nada saudáveis no mundo, o povo de Deus, a igreja de Jesus Cristo, deve servir como exemplo em relação ao plano de Deus para a família.

A igreja precisa começar a entender o seu papel influenciador na área da paternidade – como uma comunidade de amor para o crescimento de vidas. Deus vai orientar muitos homens que têm o coração de pai a começar a ajudar e discipular homens mais jovens em suas comunidades. Mulheres mais maduras vão colocar mulheres mais jovens debaixo de suas asas e transmitir-lhes amor, cuidado e sabedoria. Famílias fortes vão se importar com famílias em que um dos pais está ausente, levando força e combatendo o sentimento assombroso da solidão. Vamos procurar a mesma alegria que a igreja primitiva exalava enquanto todos viviam em comunhão uns com os outros e com o Senhor.

Não podemos mais viver independentes uns dos outros. Deus quer restaurar a paternidade e a maternidade em seu Reino e isto tem o seu começo com a promessa de ser Pai para nós; mas para que os irmãos experimentem a verdadeira família espiritual, pais e mães espirituais precisam obedecer ao chamado do Senhor. As famílias e a igreja precisam de pais e mães que vão assumir suas responsabilidades como pais espirituais.
(Transcrito do livro “O Clamor por Pais e Mães Espirituais”, de Larry Kreider)

4. O que precisamos? - O coração de Deus Pai !

SENHOR, DÁ-ME UM CORAÇÃO IGUAL AO TEU
Preciso desejar ardentemente ter o CORAÇÃO DE DEUS!!!
Um coração bondoso, amoroso, longânimo, perdoador, acolhedor, misericordioso, largo e espaçoso, humilde, justo e firme, coerente, PATERNO!!! É a Palavra dele que nos exorta: 

“Dilatai os vossos corações” 


(2 Co 6.11,16). 11  Ó coríntios, a nossa boca está aberta para vós, o nosso coração está dilatado.12  Não estais estreitados em nós; mas estais estreitados nos vossos próprios afetos. 13  Ora, em recompensa disto, (falo como a filhos) dilatai-vos também vós. 14  Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? 15  E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? 16  E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.

Deus é Pai e tem nos chamado para compartilhar sua glória conosco, nos confiando o cuidado de vidas preciosas que pertencem a Ele, para que assim sejamos seus representantes fiéis, isto é, sermos pais de muitos que o diabo destruiu e roubou de suas paternidades. Paulo identifica a facilidade de sermos pedagogos, isto é, professores, mas o que falta é paternidade de alguém que é, de fato, um pai.

“Porque ainda que tivésseis milhares de preceptores (no original, pedagogos) em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; pois eu, pelo evangelho, vos gerei em Cristo Jesus” (1 Co 4.15).

“Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mateus 5.48).

Preciso confessar o pecado, buscando um profundo e genuíno arrependimento, identificando e renunciando, pelo agir do Espírito Santo, meus conceitos humanos, atitudes e palavras que não são conforme Cristo e conforme a paternidade de Deus o Pai.

Tenho experimentado que os momentos mais difíceis são aqueles quando somos repreendidos, somos corrigidos, somos encontrados em falta, falhamos com a nossa responsabilidade, deixamos de acatar uma orientação, não cumprimos com a nossa palavra ou compromisso e etc. Momentos em que somos expostos como errados e faltosos diante dos outros. E qual é a nossa reação interna? Qual o sentimento real que manifestamos no interior? Qual a posição que tomamos para conosco mesmos e para com os outros em questão? O que reivindicamos a nosso favor como autoproteção? Como respondemos quando somos surpreendidos e confrontados por algum motivo?

Como reagimos como pais? Quando me deparei com algumas ações e reações dos meus filhos (biológicos e espirituais) para comigo, onde sou desrespeitado, agredido, acusado, desafiado, rejeitado, desprezado e enganado, sondei meu interior para ver qual seria o real sentimento e decisão a tomar, e pude ver dois caminhos: - Reescrever mais uma das histórias de ódio, revolta, separação, rejeição e abandono, histórias tão comuns e tão repetidas pelos pais em todos os lugares ou…

Tomar a cruz, rendendo o meu ser interior em decidir ser como o Pai Eterno, sendo assim um perdoador que perdoa do íntimo, amando sempre e incondicionalmente, incluindo e aceitando o filho, sem, contudo, aceitar o pecado dele, não o rejeitando e nem o expulsando do coração por causa de suas atitudes e palavras e nunca deixando que a vingança seja o executor da autoridade, mas sim, a HUMILDADE e o EXEMPLO.

A dura realidade é discernir qual é o meu coração. É de pedra? É mesquinho? É autoritário? É superior? É vingativo? É soberbo? É orgulhoso? É injusto? É pequeno e egoísta? Este é o coração carnal e demoníaco. E de tudo isto devemos estar totalmente livres.

O desafio de Jesus continua e ecoa a cada dia para todos que querem ser bons pais espirituais como ele é: “Aprendei de mim que sou manso e humilde e coração” (Mateus 11.29).

Que você também possa pedir: - Sim, Senhor, eu te peço, dá-me um coração igual ao teu!

Abraço.
Pr. Daniel

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